– Ver o pôr-do-sol? Ah, meu Deus… Fabuloso, fabuloso! Me implora um último encontro, me atormenta dias seguidos, me faz vir de longe para esta buraqueira, só mais uma vez, só mais uma! E para quê? Para ver o pôr-do-sol num cemitério. (p. 27)
Se nos convidam para a vida, então que não nos mostrem a morte. Até mesmo porque sabemos que há “tantas violetas velhas sem um colibri”. E isso nos parece trágico. Ou, no mínimo, dramático. E, se pararmos pra pensar, enlouqueceremos. Só de imaginar o quanto há pessoas cínicas…
Ai, que nojo!
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TELLES, Lígia Fagundes. Trecho do conto “Venha ver o pôr-do-sol”. In: ___ Antologia: Meus contos preferidos. Rio de Janeiro: Rocco, 2004.
Talvez se tivermos em mente o inevitável, seremos mais simples e apreciaremos consequentemente as coisas no seu valor relativo, que nos passam como aquele colibri e quase nunca os vemos. Será?
Pode ser, Djabal. Ando questionando o valor relativo das coisas. Ao mesmo tempo, quero estar em stand-by de questionamentos :P… beijo,
nao entedi o foco que esse texto tenta nos passar…