À SURDINA

Prepotência. Arrogância. Intolerância. Soberba. Orgulho. Insolência. Nefasto. Tudo tão feio! Tudo tão ruim! Tudo tão humano, ao mesmo tempo, desumano! Os risos irônicos. Os olhares bizarros. Pessoas cínicas. Sem afeto. Sem. Nada. Falta. Perdas.

O não olhar o outro. O não se colocar no lugar do outro. O egoísmo. O desinteresse pelo próximo. Próximo longe. Próximo perto. Próximo aqui. Tudo me parece ridículo. E talvez até seja! Ridículo! O não perdoar. O não desculpar. Não entendo. O meu mundo não me permite entender. Sou intolerante com o ridículo. Minha alma tem aversão à falta de amor. À falta de carinho.

E minha aversão não me assegura o não ser assim também! Tão igual aos outros. Tão igual aos arrogantes. Aos prepotentes. Aos intolerantes. Aos soberbos. Aos orgulhosos. Aos insolentes. Aos nefastos. Tão igual a todos.

Mas, mesmo sendo igual, mesmo sendo esse lixo ridículo que todos somos, mesmo assim, creio em um lugar melhor. Creio nas gentes. Confio nos amigos. Sinto saudades. Amor. Procuro paz.

E a encontro!

(texto escrito aqui, numa quinta-feira, data qualquer, às 12h13)

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