Por Aline Menezes
A dor que não se sente
não é dor no outro nem na gente.
Dizer-se doído pode não emocionar,
pode não fazer o outro chorar.
O choro que engasga,
a dor que no peito aperta;
no outro pode não ser dor,
porque no outro, nada me interessa.
Quem dera todos olhassem
para nós com mais amor,
que pouco a pouco se importassem
com a solidão que em nós restou.
Em tempos tão modernos,
parece que nada mudou:
o homem continua egoísta,
orgulhoso e coisas assim…
Mas quem se importa com o outro?
Antes nele, do que em mim.
O que me inspira para escrever
não é nada que não o homem;
suas angústias, suas dores,
as amarguras sem nome.
O que sinto, só eu sinto
E o outro pode sentir também.
Que sejamos solidários,
porque ser gente é
melhor que ser ninguém.
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Escrito hoje, às 11h40, levemente inspirado no egoísmo do homem.
Que linda…me lembrou aquela frase de Machado de Assis: “Suporta-se com paciência a cólica do próximo.” bjo
Hoje, na aula, discutimos com uma certa profundidade a obra de Machado de Assis… Vc deveria estar lá! Aline
Gostei muito do seu poema. Houve um descuido de digitação na terceira estrofe e, conseqüentemente, um desvio
de concordância. Corrija, por favor.
Beijo,
Jorge
Corrigido. grata! bjs, Aline
Muito bom poema, corrija o erro de digit. na terc. estrofe (concord.)
Jorge
Jorge, já corrigi. Era no se “importassem”? Se não for, diga-me novamente. bjs, Aline
É sempre bom reler os poemas de almas
sensíveis e amigas. Parabéns,
Aline, não há o que corrigir. Seus versos refletem a ânsia da solidariedade, tão pouco encontrada
em tantas almas insensíveis.
Jorge Leite