QUANDO A DOR SE TORNA POESIA

Sem dor, nascem os monstros, os seres sem afeto, as criaturas sem misericórdia. (Caio Fábio)

Ainda que seja difícil acreditarmos nos benefícios da dor – principalmente se a estamos sentindo -, lembremo-nos das dores passadas, daquelas que nos fizeram mais fortes, mais maduros, mais humanos. Daquelas que nos fizeram mais livres.

Se não conseguimos conter nossas lágrimas, se não conseguimos entender o porquê de recebermos aquilo que julgamos não merecer, se ninguém nos explica para onde foram nossas boas intenções, o que fizeram com o nosso afeto e com a nossa dedicação… talvez seja porque não haja respostas. Simplesmente porque assim tudo é.

Não nos cabe desconsideramos o que sentimos, o que nos machuca, o que nos fere, nem muito menos devemos supervalorizar nossas angústias. Em algum lugar, numa determinada hora, encontraremos o equilíbrio. E saberemos sentir nossas dores. Entendê-las como processo de polidez para a nossa alma.

Permitindo-nos a reformulação concreta de nossas percepções.

Dor. Quem seríamos nós sem dor?
Dor. Bênção sentida como maldição.
Dor. Graça entendida como desgraça.
Dor. Providência do amor vista como azar.
Dor. Recurso divino para nos salvar.
Sim! Pois sem dor a existência se torna psicopatia. Afinal, quem é o psicopata senão um ser incapaz de dor?
(Caio Fábio)

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Para os que desejarem saber mais sobre as reflexões de Caio Fábio, acessem http://www.caiofabio.com, especialmente a seção “Cartas”.

5 Replies to “QUANDO A DOR SE TORNA POESIA”

  1. É, a dor nos é inerente.

    “Não há sensibilidade sem dor, nem prazer sem sensibilidade.”

    Sim, Lefov, é verdade… bjs, Aline

  2. Crescer dói, nascer dói, mas passa, e quando passa é tão bom ver o fruto dela. O que foi gerado em nós por ela. Às vezes penso (e como gostaria que fosse) que podia ser mais fácil, mas é assim que é. bjs

    Todos sabemos que tudo passa. Só precisamos saber lidar com o “durante”. É nesse período que precisamos exercer o que já sabemos. Repito: tudo é transitório nesta vida. E um dia não estaremos mais aqui. beijos, Aline

  3. Verdade “O durante é que são elas”. bjs

    Pois é. bjs, Aline

  4. “No pain, no gain”
    Iam here, again
    The suffer is not in vain
    But
    Levante a cabeça
    e não diga ‘amém’!

    ahahahah… Você anda muito “cult”: deixando-me um haicai dadaístico. De fato: nenhuma dor, nenhum ganho. Adorei! beijão, Aline

  5. Olá

    Concordo com o que foi dito, e aproveito para citar o ‘tio’ Lewis… “Deus sussura a nós na saúde e prosperidade, mas, sendo maus ouvintes, deixamos de ouvir a voz de Deus. Então Ele gira o botão do amplificador por meio do sofrimento. Aí então ouvimos o ribombar de Sua voz.” (fonte Wikiquotes).

    Estou por aí, Aline. Acompanho seu blog anônimamente pelo feed. Não estou escrevendo no momento… talvez volte um dia, não sei… Você me acha no Gmail e no msn.

    []s

    Tio Lewis será sempre bem-vindo ao meu site. Ele é maravihoso! Pelo visto, meus amigos só me acompanham anonimamente. Ainda ontem, conversando com um amigo de Sergipe, ele me disse a mesma coisa: que sempre me visita. Sempre. Ai, ai… quero vê-los, não apenas saber que estão aqui ahahahah. beijos, Aline

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