[…] Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso, faço hora, vou na valsa
A vida é tão rara… (Paciência by Lenine)
Ainda é necessário inquietar-se, lutar contra tudo aquilo que interrompe ou aniquila o nosso espírito… Sim, Caio tem razão: entre nós, há equívocos com tanta beleza e aparência de verdade! Serão a frieza, a hipocrisia, a arrogância e a falta de afetividade implacáveis neste século?
Finge e mascara, cinge as máscaras. Corre-se o risco de ficar impermeável. E há quem de nada reclame, como se isso fosse nobre, como se o silêncio fosse sempre sábio. Ah, cansei desse tipo de gente! Gosto mesmo é de quem se inquieta, mas também respira, de quem percebe – sem olhos de assombro ou compaixão desmedida – as diferenças.
Sigo o caminho sem a inocência da infância, mas preservando a esperança de um outro amanhã. Eu também sei entardecer as minhas dores. E aprendo o quanto elas me foram importantes até aqui. Reuni-las é o mesmo que torná-las poesia.
Mesmo que hoje eu sussurre em solidão.
Belo. Mais uma vez.
“E há quem de nada reclame, como se isso fosse nobre, como se o silêncio fosse sempre sábio”, gosto disso!
Eu também sei entardecer as minhas dores…Reuni-las é o mesmo que torná-las poesia.
Muito bem D.Aline, mais uma vez meu espírito ficou suspenso….