NO FRONTIERS

[…] Natureza, deusa do viver / A beleza pura do nascer / Uma flor brilhando à luz do sol / Pescador entre o mar e o anzol […] (Shimbalaiê, de Maria Gadú)

Repito: seremos sempre inúteis na tentativa de adivinhar a vida. Por mais que nos esforcemos, vez ou outra a gente descobre as fantasias que nos envergonham. Os palavrões ditos em voz baixa.

Também repito: ah, como é difícil lidar com a loucura que existe dentro de nós! São os nossos surtos de humanidade. Pequenas concessões desastrosas. É verdade: se ainda resta beleza em nós, o mundo deixará de nos parecer insípido.

… precisamos admitir: não há anjos entre nós.

8 Replies to “NO FRONTIERS”

  1. Discordo quanto aos anjos… são raros, mas ainda existem pessoas puras… Quanto ao demais, assino em baixo.

    E como diria Claire: carinho.

  2. Acho que Claire pediu minha autorização pra repetir o meu “com carinho, Aline”… beijos

  3. Então é você a ‘fonte’ do carinho da Claire, desculpa não sabia…

    Concordaremos em discordar aqui, mas acho que ainda existem algumas poucas pessoas puras, cujas fantasias que as envergonham são aquelas que gostaríamos de ter para nos acharmos ‘normais’ ou menos piores. Pessoas inocentes… é isso que chamo de anjo no comentário anterior.

    Carinho…

  4. “O amor puro, espiritual, intelectual projetava-se dos seus rostos como um relâmpago farpado. Era tão pouco semelhante ao amor que nós experimentamos, que a sua expressão podia facilmente ser con­fundida com ferocidade.” (C.S. Lewis, falando sobre a visão de Ransom dos Oyarsa Malacandra e Perelandra).

    Talvez, e apenas talvez, nossas fantasias tenham sido tanta que face ao verdadeiro, nos sintamos tentados a dar um passo para trás e declinar do convite, mui educadamente, com um ‘não, obrigado’.

  5. As vezes fico na dúvida se há anjos entre nós. Em alguns momentos prefiro acreditar que sim. Em outros torno-me completamente cético. Bjoo

  6. … sim, anjos existem. Mas os anjos dos quais falo são outros, que não existem! 😛

  7. Fantasias e anjos… Eis duas coisas que não combinam. Ainda bem!

  8. “Pequenas concessões desastrosas.” É toda dose que precede o vício e todo passo que nos separa do penhasco.

    Agora, até onde isso é ruim, se pode ser libertador? Não sei… Traçar limites invisíveis é muito difícil, então prefiro ter surtos de humanidade, desde que eles não machuquem a quem mais amo. Porque daí eles seriam surtos de “desumanidade”.

    Comentário aleatório: O título do texto me fez lembrar de uma anime chamado “Gun frontier”. =D

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