Produção imaginária de um sujeito que expressa seu desejo imaginário inconsciente sob uma forma disfarçada.
Sob a perspectiva da psicanálise, é assim que o Larousse define a palavra fantasia. Essa produção imaginária que se manifesta em nós. E não me refiro somente a fantasias sexuais (esse é um outro departamento, até interessante, por sinal). Refiro-me à percepção que temos de nós mesmos e dos outros. Refiro-me à concepção equivocada que criamos no decorrer de nossa vida. Refiro-me à distorção que fazemos de nossa realidade.
Quando alimentamos em nós idéias que não correspondem aos fatos, tudo se transforma em fantasia. Em imaginação. Em produção imaginária. Até mesmo a dor, sob uma determinada perspectiva, pode ser fantasiosa. O nosso esforço deve ser no sentido de criarmos condições e instrumentos capazes de nos alertarem, de nos fazerem enxergar com lucidez, de nos fazerem pensar melhor. A loucura será sempre a ausência da lucidez. Ou parte dela.
Acredito que as fantasias têm função determinada. E deveriam ter vida curta. Prolongá-las seria o mesmo que passar pela vida sem sentir o sabor do que é real, do que nos faz sentir vivos, do que nos faz acreditar e ter esperança no amanhã. A realidade não é essa coisa subjetiva de que tanto se fala. A realidade é o equilíbrio. É o meu dia-a-dia. É a nossa certeza de que temos contas a pagar. De que dirigimos o nosso carro. De que estudamos. De que trabalhamos.
Não nos furtemos de expressar este desejo imaginário inconsciente sob uma forma disfarçada. Porém, lembremo-nos de que ? para passar pela vida sem a angústia avassaladora de se sentir vazio ? é necessária a lucidez. Porque, sem ela, a vida será o infinito desespero humano.
A desgraça de todos os homens.
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Para enriquecer nossa compreensão sobre o tema, sugiro a leitura da seguinte entrevista:
O mundo da fantasia…
Eu gosto de fantasiar… é legal!!!
Mas realmente, de vez em quando é bom ter um pé na realidade….
Beijos, te adoro!!!
Pois é, Emille. Minha intenção com este post é refletir sobre nossas percepções individuais. Até que ponto nossas idéias não correspondem aos fatos? beijos, Aline
Ei…. quando você vai colocar um link do meu blog no seu site?
Só porque o meu não é tão intelectual quanto o seu você vai me excluir é!!!!
Abraços
Desculpe-me. Logo quando vc anunciou a criação do blog, eu já ia colocar o link. É que esqueci mesmo… Estou adorando suas visitas. Bom saber que lembra de mim. beijos, Aline
Oi, moça. Dando uma xeretada depois de algum tempo. Vc saiu do msn – eu não ia conversar muito, mas ia dar um alô…:(
[de Claire, a eterna insatisfeita]
Bom tê-la aqui, Claire. Fazia tempos que não me visitava. Volte sempre. bjs, Aline