everything

[…] porém minha melancolia / é sempre igual: torrões, andaimarias, blocos, / Arrabaldes, em tudo eu vejo alegoria, / Minhas lembranças são mais pesadas que socos. (trecho do poema Quadros parisienses, d’As flores do mal, de Baudelaire)

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É esta insuficiência que parece tornar tudo tão belo. Perverti uma dor solitária, profunda, real. Sinto intensamente a sua presença. Tudo é tão incompleto, moldura de impedimentos e impossibilidades. Mas este sentimento aqui dentro é parte de minha existência, que respira, que pulsa, que vive. É como se todas as coisas belas, bonitas, honestas, íntegras e puras… como se todas elas fossem você. Há admiração mútua, comunhão de ideias, paixão pela vida, apesar de todas as nossas dores e angústias… Há desejos, há vontade de estar junto…


Mas somos tão frágeis!


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