COISAS QUE PERDEMOS PELO CAMINHO

Humildade é para a alma assim como o barro mantido em movimento pelo amor. Esse é o humor do amor. Casamentos de cristal são tão lindos quanto frágeis e sem a graça da cura para as quebras, e para as cicatrizes dos tombos e dos acidentes.

Casamentos de barro são sempre tão simples e limpos como o milagre da vida. Se houver a energia do amor que mantém o barro em movimento na roda da vida, e se houver umidade para mantê-lo em seu estado mais forte, que é o de quebramento, então o casamento barro sempre se renovará em fraqueza se estiver na roda do amor-vida. (Caio Fabio)

As pulsões humanas empurram as pessoas para relacionamentos fragmentados, superficiais e mesquinhos. Há pessoas que estufam o peito e dizem: “não me apego a ninguém”; “estou solteiro/a por opção”; “ainda sou jovem, por isso quero aproveitar a vida”. E o que é aproveitar a vida?

Não é novidade que somos seres recheados de carências & dificuldades, de apegos & desapegos, de encontros & desencontros. Não é novidade que há casamentos frustrados, indivíduos egoístas, pessoas indelicadas. Não é novidade que – quando o tema é casamento – há uma atmosfera de incredulidade que sonda nossas emoções.

Sou crédula. E sei que nos faltam a disposição, a fé e a coragem. Que nos faltam a sensatez e o espírito lúcido. Se a moda é ser incrédula, vou na contramão. Não por capricho, mas porque há coisas que enxergamos melhor por causa da multidão. Prefiro alimentar a minha alma com a graça divina.

E ainda assim teremos cicatrizes.
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A citação de Caio Fábio foi retirada do texto Casamentos de cristal e casamentos de barro.

7 Replies to “COISAS QUE PERDEMOS PELO CAMINHO”

  1. Essa imagem – do casamento de barro – fascinou-me na questão do movimento: Manter o barro em movimento na roda da vida. A nossa tendência é de estagnar, e ver essa paradeira no outro. Esquecemos do movimento original e ele se precipita numa indiferença mortal, numa paradeira de cristal. Esse movimento que pode ser traduzido por tolerância, paciência e calma, culminando com compreensão está em franco declínio. Desde Rabelais. “Os modernos gostam da rapidez” escreveu; hoje somos os rapidinhos. Sem direção. Mas sou solidário, também alimento a minha alma de crença no outro.

    É verdade, Djabal. A imagem do barro em movimento é fascinante. Pois é, os modernos gostam da rapidez. Às vezes, é por causa dela que tudo fica fragmentado… beijo, Aline

  2. Ai os relacionamentos, que coisa triste seria a vida sem eles e que coisa complicada que é a vida com eles, não sei o que fazer mas enfim, uma coisa eu sei, relacionamento exige maturidade, e maturidade exige esforço. Por isso é tão dificil encontar alguem disposto a se doar e ao mesmo tempo continuar existindo, o amor deve ser lindo…um dia talvez.
    ps:irei passa as ferias aí quando for convidado, bjos!!!!!!!!!!!!!!!

    Michel, fico feliz com sua visita no site. Seria bom que todos os relacionamentos amadurecessem… Quanto ao convite, falarei com minha irmã ahahahah beijo, Aline

  3. Manter a relação em construção eterna, e descobrir o ponto de equilíbrio durante todo o tempo é um desafio e tanto, mas que vale a pena.

    Sim, quando os dois vivem sob a mesma perspectiva, vale a pena. um xero

  4. Concordo com o mestre Caio e contigo.
    E também sou crédula e até casei. Casei não porque precisava. Casei porque quis (rs) e porque podia.
    Uni meu barro com o de outra pessoa e tentamos fazer algo bom, com a ajuda de Deus.
    É isso, eu acho que tem muita gente fazendo questão de não crer em nada para não ter problemas. Que tédio.

    Beijo!

    É verdade, Lisi, tem muita gente fazendo questão de não crer em nada… Lamento! Acho que ainda não vi o álbum de casamento. beijos, Aline

  5. Oi menina, estou aqui dando sinal de vida, de fumaça ou de qualquer coisa q seja.

    Sobre o texto gostaria de ressaltar que dúvido que no fundo alguém seja “solteiro por opção”. Isso na verdade me parece uma grande piada, e como diria Raul “um tanto quanto perigosa”, rs. No fundo ao dizer isso se quer camuflar carências, coisas que todos nós temos. Como vc tbm sou crédula.

    bjs e passa no meu blog depois que tem algo pra vc lá. Fuiii!!!

    Olá, Helen! Finalmente, vc deixou registro no meu site. Sejamos pessoas crédulas… Passei no blog e deixei meu agradecimento. um beijo, Aline

  6. Olá Aline. 🙂
    Finalmente estou com internet em casa (só Deus sabe até quando. :P).
    Casamento barro… Uma analogia interessantíssima.
    Lembra-se do touro selvagem solto numa loja de cristais? Se fosse numa olaria os estragos seriam remediáveis. 🙂
    (Alguém aí também lembrou de “Ghost – Do outro lado da vida”? :P)
    Gostei de te ver lá no Juscelino.
    Beijos,

    Oi, Rebeca. Também adorei a analogia. Quanto a Ghost, está no imaginário coletivo :P. Nosso encontro, apesar de rápido, rendeu um ótimo papo. Adorei! beijo, Aline

  7. Atualmente tenho um perfil num iste de encontros. Faz meses, aliás. Vejo muita superficialidade e, parece-me, um desejo (masculino) de ser mimado, de ser lisonjeado. Isso não faz meu estilo. Vejo que as pessoas ainda precisam amadurecer muito para se relacionarem. E, realmente, serem sinceras, com o risco de serem feridas.

    Oi, Claire. Que bom tê-la aqui comigo. Bem, o que posso dizer? Sabemos que as nossas experiências de vida poderão nos trazer certa maturidade (espírito lúcido). Sendo assim, penso que é necessário experiência para a aquisição do espírito lúcido. Dessa forma, é natural que – num determinado momento – nos relacionemos de maneira imatura. No entanto, defendo que haja um esforço de todos para que essas relações não sejam fragmentadas, mesquinhas e prejudiciais… É por aí! beijos, Aline

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