“Se não houver crescimento na vida, pouco prazer haverá.” (Aline Menezes)
Parece obviedade, eu sei: os relacionamentos só adoecem quando os indivíduos já estão adoecidos. Por mais que leiamos e recebamos dicas, sugestões, conselhos inteligentes e sensatos, nunca teremos a receita perfeita de como fazer um relacionamento amoroso durar eternamente. Até porque: nada dura para sempre. E ainda que o sempre signifique até o fim de nossas vidas, é bom nos lembrarmos de que nem tudo precisa durar a vida inteira. Há coisas que bastam. E são suficientes até um tempo. Sob certa perspectiva, as histórias se eternizam quando há um fim para cada uma delas. Sem fim, não há história.
Numa caminhada a dois, comete-se erros. Graves, grandes ou pequenos. Por distração, por imaturidade ou por egoísmo. Ou porque simplesmente somos quem somos. Seres tão complexos, que seria tolice nossa encontrarmos respostas para os fracassos das relações. Como se o fim dos relacionamentos devesse receber sempre a coroa intitulada “fracasso”. Mesmo que a intenção seja boa, nada nos garante que o final será bom. Não temos condições de escrever todo o roteiro de nossa vida. Ainda mais comprometendo as escolhas do outro. Muito menos podemos selecionar ou produzir o melhor final. Como um final alternativo das produções cinematográficas contemporâneas.
No universo feminino, por exemplo, durante nossas experiências, vamos aprendendo que o nosso valor como mulher, como companheira, não pode ser medido pelo tanto de amor, desejo ou tesão que despertamos em alguém. Aprendemos que o nosso valor é individual, intransferível, como carteira de identidade. Aprendemos que o outro nunca será capaz de nos dizer quem somos, de valorizar tudo o que somos, de compreender profundamente como somos. Esse papel é nosso. É compromisso interno. De cada um. Não devemos depender do outro para que ele supra nossas carências afetivas. Que o outro seja responsabilizado pelas nossas demandas e necessidades pessoais.
Não importa o tanto de amor que você dispensa a alguém. Esse alguém não tem a obrigação de dispensá-lo a você. O amor que entregamos, mesmo que não o recebamos na mesma proporção, ele ficará na vida, na atmosfera, no bem que fará a nós mesmos. É assim que é. Se, porventura, acreditamos que não fizemos o melhor, que não demos o nosso melhor, que não fomos o nosso melhor. Se, porventura, achamos que é injusto não reconhecerem a nossa entrega, a nossa dedicação, o nosso afeto. Se, porventura, sentimo-nos culpados ou incompetentes. Absurdamente abandonados. Deixados para trás. Se, porventura, temos toda essa ilusão em relação ao outro, precisaremos corrigir a desordem de idéias. Precisaremos repensar nossos sentimentos. Precisaremos entender esta agonia: agonia adoecida. E rasgar o erro de achar que o outro é divino.
E que você é o demônio das relações.
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Algumas músicas também se eternizam: How can I go on? (by Freddie Mercury and Montserrat Caballé)
Ah , Aline, humf! Eu queria tanto que as coisas fossem mais simples, mas não são. Há mto o q se pensar e mudar. bjs
Pois é, Helen. Há coisas que realmente não são simples. Por isso, é bom que nem procuremos saber as fórmulas, as receitas, as dicas… Vamos vivendo… Isso tudo passa! bjs, Aline
Eu vou falar uma coisa que não tem nada a vercom o seu post.
O carnaval da Bahia é bom demais!!!
Ano que vem estarei lá, se quiser me acompanhar……
Vou pensar nesse seu “convite”… Quem sabe eu num aproveito, pela primeira vez na vida, o Carnaval de Salvador!!!! Quero só ver!!! ahahah beijos, Aline
Bravo! Bravo!!!!
Adorei esse texto Aline!
Beijos!
Obrigada, Rebeca. É exatamente assim que penso… beijos, Aline
Só para complementar: Me reconheci nas suas palavras. Você escreveu aquilo que penso.
Beijos!
Que bom. Pelo menos, sirvo como intérprete da alma feminina de Rebeca!!! ahahahah Que pretensão essa minha! beijos, Aline
Gostei dos dois últimos parágrafos…sobre amar sem esperar retribuição.
Dos primeiros não…Acredito no amor “até que a morte os separe” tenho 26 anos de casada e vivo um amor assim!
Abração!
Mariza, seja bem-vinda. Eu também acredito no amor. Sobre o “até que a morte os separe”, não sei exatamente a que você faz referência. De qualquer forma, celebremos o amo. Ah, e parabéns pelos 26 anos de casada. Meus pais estão juntos há quase 30. beijos, Aline